21 de outubro de 2011

Os nomes na música: "Querelas do Brasil" ( 1.980 - Letra: Aldir Blanc; Música: Maurício Tapajós; Intérprete: Elis Regina )

Análise dos nomes na música: "Querelas do Brasil" ( 1.980 - Letra: Aldir Blanc; Música: Maurício Tapajós; Intérprete: Elis Regina )
Por: Simone Maria de Lima


Querelas do Brasil
( Letra: Aldir Blanc / Música: Maurício Tapajós
Intérprete: Elis Regina )
O Brasil nunca foi ao BrazilTapir, jabuti, liana, alamanda, ali alaúdePiau, ururau, aqui ataúdePiá-carioca, porecramecrãJobim akarone Jobim-açu
Uou, uou, uouPererê, camará, tororó, olererêPiriri, ratatá, karatê, olaráO Brazil não merece o BrasilO Brazil tá matando o Brasil
Jereba, saci, caandradesCunhãs, ariranha, aranhaSertões, Guimarães, bachianas, águasE Marionaíma, ariraribóia,Na aura das mãos de Jobim-açuUou, uou, uouJererê, sarará, cururu, olerêBlablablá, bafafá, sururu, olaráDo Brasil, S.O.S ao BrasilDo Brasil, S.O.S ao BrasilDo Brasil, S.O.S ao BrasilTinhorão, urutu, sucuriUjobim, sabiá, bem-te-viCabuçu, Cordovil, Caxambi, olerêMadureira, Olaria e Bangu, olaráCascadura, Água Santa, Acari, olerêIpanema e Nova Iguaçu, olaráDo Brasil, S.O.S ao BrasilDo Brasil, S.O.S ao Brasil


( Fonte: www.webletras.com.br )



“ O topônimo não é algo estranho ou alheio ao contexto histórico-político da comunidade. Sua carga significativa guarda estreita ligação com o solo, o clima, a vegetação abundante ou pobre e as próprias feições culturais de uma região em suas diversas manifestações de vida”. (DICK,1990)


Traçando-se um paralelo desta citação, (DICK,1990), com a letra da música; “Querelas do Brasil”, pode-se depreender que o contexto histórico, no qual a letra da música está inserida, constitui um importante fator de análise na denominação de cada nome, corpus/objeto, presente nela.

Os topônimos foram inseridos na música para constituírem uma sonoridade harmônica na composição, de modo a agradar aos ouvidos do ouvinte, com o intuito, numa análise mais apurada, de charmar-lhe a atenção para o que cada nome/corpus, no conjunto da obra, significa subjetivamente e objetivamente, trazendo em si, uma carga ideológica que se quer transmitir por parte do autor e sua crítica perante ao mundo que o cerca, sua realidade.

O triângulo: letrista, Aldir Blanc (1946 (Rio de Janeiro) ), músico, Maurício Tapajós (1943 (Rio de Janeiro) -1995 (Rio de Janeiro) ) e intérprete, Elis Regina ( 1945(Porto Alegre) – 1982 (São Paulo) ), dá à canção “Querelas do Brasil”, composta em 1980, uma beleza artística única e magnânima na maneira de se criticar a realidade com relação ao contexto histórico social, político, econômico e cultural vividos por eles, no período da ditadura militar no Brasil, período este em que a censura imperava e a liberdade de expressão de qualquer cidadão brasileiro era reprimida duramente, com torturas, exílio e morte; o fato dos três (letrista, músico e intérprete) serem amigos e serem integrantes de uma mesma realidade faz com que cada palavra, cada som e interpretação tragam uma carga sentimental, ideológica, crítica e persuasiva no momento de apresentação da canção.

Em 1980, o Brasil era governado por um governo militar, eleito de forma indireta, o então General João Baptista de Oliveira Figueiredo (1918 (Rio de Janeiro) ), o último presidente militar do Brasil , seu governo foi de 1979 à 1985; em 1979, o presidente assinou a Lei da Anistia, permitindo o retorno de exilados políticos ao Brasil, iniciando-se uma pequena abertura no regime ditatorial imposto por décadas ao povo, porém, muitos eram, ainda, os desaparecimentos de pessoas que não concordavam com este regime, muitos eram, ainda, tortutados e mortos; o presidente antecessor foi o General Ernesto Geisel, que governou o Brasil de 1974 à 1979, este governo financiou a vinda de muitas multinacionais ao país, em detrimento das empresas brasileiras e, com isso, agravou-se a dívida externa do Brasil, trazendo à decada de oitenta uma grave crise econômica ao país, num período de recessão, desemprego, greves (a conhecida, mundialmente, Greve dos Metalúrgicos no ABC paulista), censuras das mais variadas formas de expressão do ser humano e, como não poderia deixar de citar, a censura nas letras de músicas, onde os compositores, para protestar e tentar burlar esta, trocavam as palavras na música, deixando-as sem sentido, “sem pé nem cabeça”, para mostrar que naquele momento tal censura se fazia / havia ocorrido.

“Querelas do Brasil” são queixas do país Brasil, queixas do povo brasileiro que não concorda com o seu papel de “oprimido” e que vê suas riquezas sendo desvalorizadas aqui e sendo levadas embora para o exterior, principalmente para os Estados Unidos da América, dentro de uma ideologia imperialista, de controle e manipulação do país considerado subdesenvolvido; na canção, o Brasil pede socorro ao seu povo e exalta sua natureza, sua cultura, remetendo-se aos vocábulos de origem tupi, que são em maioria na letra e, também, a exaltação aos grandea artistas brasileiros: Mario de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Heitor Villa- Lobos (bachianas) e Tom Jobim.

No primeiro verso da canção temos o topônimos: Brazil e Brasil (sendo também diferenciado na interpretação da intérprete para marcar a diferenciação de sentido e crítica ao povo que valoriza o que vem de fora sem se dar conta de suas riquezas).
Brazil: nome do país, forma como a palavra é escrita em inglês, a língua universal (imperialista);
Brasil: nome do país, em português:
Substantivo masculino;
'Pau-brasil';
'A cor do pau-brasil'; 'encarnado, vermelho';
'Tintura fabricada com a madeira do pau-brasil, usada em tinturaria e pintura, e também, para dar o vermelho das miniaturas e luminuras dos manuscritos;'
'Indígena do Brasil';
'O natural ou habitante do Brasil'.

“O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapir, jabuti, liana, alamanda, ali alaúde
Piau, ururau, aqui ataúde
Piá-carioca, porecramecrã
Jobim akarone Jobim-açu
Uou, uou, uou”

Nesta estrofe, tem-se uma queixa, um apelo do país Brasil ao povo do Brasil que valoriza o que vem fora, de outros países, adota o que é imposto, sem questionamento e sem nunca ter ido para fora do Brasil, sendo envolvido em uma ideologia alheia, que não faz parte de sua realidade; há uma exaltação da flora: os topônimos liana (trepadeira lenhosa, comum em florestas tropicais, abundante no Brasil, do francês liane ), alamanda (trepadeira e arbusto lenhoso, podendo ser tóxico, abundante no Brasil; nome dado em homengem ao físico e naturalista Jean N. Allamand (1787)), e da fauna: os topônimos: tapir, jabuti, piau, uruau, palavras de origem tupi que remetem ao passado indígena, genuíno, antes da chegada do europeu e da colonização de exploração ocorrida, com o extermínio de milhares de índios e com eles a cultura existente na época; o topônimo porecramcrã é de origem indígena, mas não tupi, e se refere um povo indígena extinto, da família lingüística timbira, tronco macro-jê, que habitava as margens do rio Tocantins (MA e TO).

Alaúde: [ Do árabe al-awd, 'madeira'; alaúde]. S.m.
1. 'Antigo instrumento de cordas, de origem oriental, com a caixa de ressonância sensivelmente abaulada, sem costilhas e em forma de meia pêra, e coma pá do cravelhame i nclinada, formando ângulo quase reto com o braço longo';
2. 'Escaler da nau';
3. 'Pequena embarcação usada no Algarve (Portugal)'.

Ataúde: [ Do árabe at- tabut, 'arca', 'tumba', 'esquife', < hebraico tevah < egípcio. ]. S.m.
1. 'Caixão';
2. 'Sepúlcro'.

Enquanto os portugueses se lançavam ao mar em busca de grandes conquistas e festejavam quando encontravam novas terras para colonizarem, aqui, no Brasil, na época da colonização, os índios, antigos habitantes da terra, eram dizimados por causa de interesses políticos e mercantilistas e remetendo-se aos anos 80 e à atualidade, a extinção da fauna e da flora, noossas grandes riquezas; daí as expressções: “...ali alaúde... aqui ataúde”.

Piá : 'menino', em tupi ; carioca: casa do branco, em tupi; o natural ou habitante da cidade do Rio de Janeiro.

Piá-carioca: gíria comum na cidade do Rio de Janeiro, expressão que significa: 'menino do Rio de Janeiro'/ 'menino carioca'

Sendo o letrista e o músico, de “Querelas do Brasil”, nascidos no Rio de Janeiro, há uma exaltação ao local de origem destes, cuja cidade do Rio de Janeiro é conhecida mundialmente por suas belas paisagens e riquezas naturais.

Jobim akarone Jobim-açu: Jobim refere-se ao grande maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, Tom Jobim (1927-8 (Rio de Janeiro) – 1994 (Nova Iorque/EUA)) , que sempre exaltou, em suas belíssimas canções, as riquezas naturais do Brasil, especificamente as do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e viveu (quase toda a sua vida), era um grande conhecedor de nossa fauna, gostava principalmente de estudar os pássaros; Açu: 'grande', em tupi. Uma homenagem ao grande músico brasileiro, 'nosso patrimônio artístico, musical e cultural'.
Akarore/Akarone – não tem definição em dicionários, talvez seja uma palavra inventada, para dar 'um toque, uma impressão indígena' e para dar harmonia, sonoridade na letra da canção.


“Pererê, camará, tororó, olerê
Piriri, ratatá, karatê, olará”

Pererê: pode ser que tenha origem em periricar, origem tupi: 'pular, saltitar, pular de um lado para o outro'; ou, pode ser que faça referência à entidade mitológica brasileira: 'saci-pererê', negrinho que pula com uma perna só; ambos podem significar 'pular, saltar'.

Camará: 'arbusto ornamental', origem tupi; 'azeitona -do-mato'

Tororó: 'corrente fluvial forte e ruidosa', origem tupi; gíria: 'conversa fiada'

Piriri: 'arbusto' muito difundido no Brasil, origem tupi; 'diarréia'.

Ratatá: pode ser referência à Ratantã: 'rufar de tambores'.

Karatê: [Do japonês karate]. Sm. 'método de ataque e defesa pessoal difundido pelos japoneses, e que se funda na educação da vontade e num apurado treinamento físico'. [ Segundo alguns, originou-se na China, mas foi em Okinawa (Japão), ondehavia uma forma de combate semelhante baseada em golpes de mãos e pés, que se aperfeiçoou.[Cf. caratê].

Talvez esta estrofe tenha o sentido do povo não ficar parado como um arbusto, um aspone, , não deixar as coisas acontecerem passivamente e sim, o povo ser atuante, “botar a boca no trombone” e fazer acontecer; não deixar que os ditadores que estão no poder continuem comandando, lutar pela liberdade e pela mudança de situação, dentro de um contexto social dos anos 80 (oitenta).

“ O Brazil não merece o Brasil
O Brazil tá matando o Brasil “

Nesta estrofe, há um lamento, onde o mundo não merece o Brasil, pois o mundo deixa que a vida se extigüa, que os sonhos, a liberdade, a esperança e os ideais morram, assim como, os mortos na ditadura militar, as populações indígenas dizimadas e o povo sem sua liberdade de expressão e ação e, também, a extinção de nossas riquezas naturais. O imperialismo só se preocupa com o seu domínio no mundo e com suas conquistas, não merecendo as riquezas que aqui existem.


“Jereba, saci, caandrades
Cunhãs, ariranha, aranha
Sertões, Guimarães, bachianas, água
E Marionaíma, ariraribóis
Na aura das mãos de Jobim-açu
Uou, uou, uou”


Jereba: 'o que se revira', origem tupi.

Saci: origem tupi, 'uma das mais populares entidades fantásticas do Brasil, negrinho de uma só perna, de cachimbo e com barrete vermelho (fonte, este último, de seus poderes mágicos), e que, consoante a crença popular, persegue os viajantes ou lhes arma ciladas pelo caminho'; 'saci-cererê', 'saci-pererê', 'matimpererê', 'martim-pererê', 'matintapereira', 'matintaperereca' e 'matintaperê'.

Caandrades: topônimo criado pelo letrista da canção, em homenagem ao grande poeta brasileiro, Carlos Drummnond de Andrade (1902 (Itabira-MG) – 1987(Rio de Janeiro-RJ) .

Cunhãs: 'mulheres', origem tupi.

Ariranha: 'mamífero carnivoro', conhecido como 'onça d'água', origem tupi.

Aranha: [do latim aranea]; 'inseto'.

Sertões, Guimarães: Sertões, da obra: Grande sertões: veredas (1956), do grande escritor brasileiro, João Guimarães Rosa (1908 (Cordisburgo- MG) - 1967 (Rio de Janeiro-RJ).

Bachianas: 'Bachianas Brasileiras', nove composições de Heitor Villa-Lobos (1887 (Rio de Janeiro) – 1959 (Rio de Janeiro), escritas entre 1930 e 1945, uma fusão do folclore brasileiro com ritmos e formas musicais de várias regiões brasileiras, em especial, o sertanejo com as formas pré-clássicas no estilo de Bach (Johann Sebastian Bach, 1685 (Eisenach/Alemanha) – 1750 (Leipzig / Alemanha)), intencionando construir uma versão brasileira dos Concertos de Brandemburgo; todos os movimentos das Bachianas recebem um título bachiano e outro brasileiro.



Água(s): [do Lat. aqua]s. f.,
'líquido incolor e inodoro, composto de hidrogénio e oxigénio';
'líquido em que a água predomina';
'a parte líquida do globo';
'chuva';
'lustre de diamantes e pérolas';
'qualidade';
'humor';
'suor';
Botânica: árvore da ilha de S. Tomé;
Zoologia; grande sapo da América do Sul;
(no pl.) 'o mar';
(no pl.) 'as ondas';
(no pl.) 'as marés';
(no pl.) 'a urina';
(no pl.) 'o líquido amniano precursor do parto'.
- 'potável: a que se pode beber sem dano para o organismo';
- 'salobra: água imprópria para se beber'.




Marionaíma: topônimo criado pelo letrista da canção, em homenagem ao grande escritor brasileiro, Mário de Andrade '(1893(São Paulo) – 1945 (São Paulo)), e à sua grande obra: Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1928).

Ariraribóia / araribóia / ararambóia: 'cobra-arara', com cores que lembram a arara, de origem tupi.

Aura: 'alento'.

Jobim-açu: topônimo criado pelo letrista da canção, em homenagem ao grande maestro Tom Jobim, o 'Grande Jobim'.

Esta estrofe, permite fazerem-se alusões sobre o povo brasileiro que “se vira em qualquer situação”, o “jeitinho brasileiro para tudo” para vencer as dificuldades, sua força; a beleza das mulheres brasileiras e, também, sua força; a valorização da fauna, da flora, da natureza, das águas doces e salgadas que banham o Brasil, sendo todas estas belezas são reverenciadas nas músicas compostas e tocadas pelo Grande Jobim, Tom Jobim, que era exímio pianista; escritores notáveis e suas obras conhecidas mundialmente: Carlos Drummnond de Andrade e sua poesia; Guimarães Rosa e sua obra “Grande Sertão: veredas” (sendo sertão, também, alusão aos vários sertões e gentes do Brasil); Mario de Andrade e sua obra “Macunaíma” ( valorização da cultura indígena, presente nas nossas raízes).

“Jererê, sarará, cururu, olerê
Blablablá, bafafá, sururu, olará”

Jererê / jereré: 'rede para pesca de pequenos peixes, siris, camarões'; origem tupi.

Sarará: 'que tem pelos ruivos; cor arruivada do cabelo muito crespo característico de certos mulatos'; origem tupi.

Cururu: 'sapo', origem tupi.

Blablablá: gíria: 'conversa oca', 'sem conteúdo', 'conversa fiada'.

Bafafá: 'tumulto', 'confusão'.

Sururu: 'revolta'; 'motim'.

Esta estrofe traz a outra raiz do povo brasileiro, a vertente negra, a miscigenação entre branco europeu, o negro e o índio; uma mistura de culturas e a situação dominadora do colonizador sobre o povo colonizado, a revolta e a confusão das ideologias.

“Do Brasil, S.O.S ao Brasil
Do Brasil, S.O.S ao Brasil
Do Brasil, S.O.S ao Brasil”

S.O.S: 'Save Our Souls' (Salvem Nossas Vidas); 'um pedido de socorro'.

Um duplo pedido de socorro do povo do Brasil e do país, das terras do Brasil.
Ambos estão perecendo e precisam encontrar uma resposta em si mesmos.



“Tinhorão, urutu, sucuri
Ujobim, sabiá, bem-te-vi
Cabuçu, Cordovil, Caxambi, olerê
Madureira, Olaria e Bangú, olará
Cascadura, Água Santa, Acari, olerê
Ipanema e Nova Iguaçu, olará”


Tinhorão: 'tajá amargo'; 'erva ornamental'; 'ará', 'tajurá' e 'tajá'; origem tupi.

Urutu:'ofídio'; 'cobra venenosíssima'; origem tupi.

Sucuri:'cobra' que pode chgar à 10,0 m. de comprimento, vive na água, rios e lagoas, alimenta-se de peixes, aves e mamíferos, que engole após triturar-lhes os ossos por compressão muscular; origem tupi.

Ujobim:(topônimo indígena) ref. 'Cajobim', 'espécie de galinha'.

Sabiá: 'espécie de ave'.

Bem-te-vi: o mesmo que pituã (origem tupi), 'triste vida'.

l Cabuçu / Cabussu: bairro da cidade de Nova Iguaçu, localizada na Baixada Fluminense (RJ).

l Bairros da cidade do Rio de Janeiro (RJ):
- Cordovil: zona norte;
- Caxambi/ Cachambi: zona norte;
- Madureira: zona norte;
- Olaria: zona norte;
- Bangu: zona oeste;
- Cascadura: zona norte;
- Água Santa: zona norte;
- Acari: zona norte;
- Ipanema: zona sul.

Espécies da fauna e da flora abundantes são exaltadas, assim como, os bairros da cidade do Rio de Janeiros, na sua maioria da zona norte, locais conhecidos pelo letrista, que nasceu na zona norte.

“Do Brasil, S.O.S ao Brasil
Do Brasil, S.O.S ao Brasil”



Brasileiros, salvem o Brasil!
Façam algo antes que seja tarde!
O povo tem que fazer algo por ele mesmo!
Salvem o Brasil!





Nos nomes pertencentes à letra da música ”Querelas do Brasil” (1980- Aldir Blanc e Maurício Tapajós), duas origens merecem destaque: os topônimos de origem tupi e os topônimos nascidos dos neologismos, criados pelo autor para homenagear uma pessoa ilustre da cultura nacional e sua obras, fazendo alusão à nomeção em homenagem ao herói e aos seus feitos.

4 comentários:

  1. Muito interessantes e esclarecedores os seus comentários, Simone. Gostei.
    Eu, entretanto, lembrava-me de ter ouvido essa música antes de 1980 e fui conferir. Creio que estava certo: o álbum da Elis em que essa música apareceu foi gravado ao vivo em 1978 e o do Quarteto em Cy também apareceu no mesmo ano (segundo a discografia daquele conjunto que está na página da Wikipedia). De minha parte, eu achava que ouvira essa música ainda um pouco antes disso. Quer dizer, o contexto histórico está mais para Geisel (as edificações das usinas nucleares (Angra), a falta de feijão preto -"... vamos botar água no feijão", disse o Chico Buarque -, a morte do Herzog, a distensão e as greves ainda não noticiadas) do que para Figueiredo e a abertura do "prendo e arrebento quem for contra".
    Mas, isso tem pouca importância diante de todo o grande trabalho que você teve de buscar os significados e de lhes dar sentido. Um trabalho de muita paciência e muita persistência e muita inteligência.
    Obrigado, trouxe-me luz.
    Parabéns.
    Parabéns.
    Célio Knipel Moreira.

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  2. Gostei de conhecer o significado, razão...da letra e música "Querelas do Brasil". Estou pesquisando para um trabalho sobre cultura/turismo.

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